“Estou em pânico”, diz enfermeira do DF agredida com tapa no rosto
Os vídeos mostram o momento da briga. Na primeira parte é possível ver Cristianny, de camisa azul, dando um tapa na vendedora, quando a câmera cai. Outra gravação, feita por um celular diferente, exibe os funcionários separando a briga. É quando aparece o marido de Cristianny, Bruno, de camiseta branca.
Após a confusão ser desfeita, Bruno afirma que vai processar os funcionários porque “ele pode e estudou para isso” – o homem se diz advogado. A última parte do vídeo mostra Bruno voltando à loja, depois que a briga tinha terminado, para ameaçar mais uma vez um funcionário de processo.
“Tá rindo, né? Tá debochando, né? […] Vou botar na internet a cara de vocês ‘tudim'”, diz o homem,.À época, a lojista agredida foi à delegacia e ao IML por conta própria. Atualmente, ela move uma ação judicial contra o casal. Ela afirma que, depois das agressões que sofreu no ambiente de trabalho, desenvolveu ansiedade e pediu demissão para tratar da saúde mental.
“Fiquei muito nervosa e me senti humilhada. Nunca tinha passado por isso. Para mim foi uma humilhação. No início, eu me culpei. Hoje, estou bem, mas não trabalho mais lá. A gente fica com receito, porque, infelizmente, existem pessoas assim”, lamentou a ex-funcionária.A enfermeira Maria Gomes também sofreu efeitos psicológicos depois da agressão de Cristianny e Bruno, na última segunda-feira (21/3). Após o ocorrido, a enfermeira afirmou estar “em pânico”. As agressões aconteceram na UBS 5, em Taguatinga. Tudo começou quando Bruno pediu para que ela receitasse o medicamento Clonazepam, conhecido pelo nome comercial de Rivotril.
Como a profissional não poderia receitar o remédio, o homem ficou agressivo e chamou a esposa para “quebrar a cara” da profissional.
“Acordei às 3h da madrugada tremendo e com minhas mãos geladas. Tive de passar por atendimento médico e tomar medicação. Tenho medo de que eles voltem e façam coisas piores comigo”, confessou Maria no dia seguinte às agressões. O caso é investigado pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga).
A reportagem ligou para o telefone pessoal de Cristianny, para que ela e o marido tivessem a oportunidade de comentar as acusações. Além disso, uma mensagem foi deixada pelo aplicativo WhatsApp. No entanto, até a última atualização dessa matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto, caso o casal queria apresentar outra versão sobre os dois casos.
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