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Casal que agrediu enfermeira foi filmado ao bater em vendedora no DF

 



A enfermeira Maria Gomes, agredida por um casal por se recusar a receitar um remédio tarja preta na segunda-feira (21/3), não foi a única vítima da dupla. Em agosto de 2021, Cristianny de Brito Machado (foto em destaque) e Bruno Ramalho Sampaio foram filmados ao bater em funcionários de uma loja na Feira dos Goianos, em Taguatinga.
Tudo começou quando Cristianny parou na loja para experimentar uma roupa, mas não havia atendentes mulheres para auxiliá-la. Quando uma das funcionárias do estabelecimento apareceu e perguntou se ela precisava de ajuda, a mulher passou a xingá-la.
Depois disso, tanto o marido como a esposa teriam passado a humilhar os comerciantes, afirmando que o atendimento era péssimo. Segundo contou uma atendente, que pediu para ter a identidade resguardada, a mulher ficava estimulando Bruno a “quebrar a cara” dos trabalhadores.“Fui pra trás do galpão. Ela veio pra cima de mim com tudo e me deu um tapa. . Várias pessoas vieram pra ajudar e ela acabou caindo em cima dos manequins”, contou a funcionária.

“Estou em pânico”, diz enfermeira do DF agredida com tapa no rosto

Os vídeos mostram o momento da briga. Na primeira parte é possível ver Cristianny, de camisa azul, dando um tapa na vendedora, quando a câmera cai. Outra gravação, feita por um celular diferente, exibe os funcionários separando a briga. É quando aparece o marido de Cristianny, Bruno, de camiseta branca.

Após a confusão ser desfeita, Bruno afirma que vai processar os funcionários porque “ele pode e estudou para isso” – o homem se diz advogado. A última parte do vídeo mostra Bruno voltando à loja, depois que a briga tinha terminado, para ameaçar mais uma vez um funcionário de processo.

“Tá rindo, né? Tá debochando, né? […] Vou botar na internet a cara de vocês ‘tudim'”, diz o homem,.À época, a lojista agredida foi à delegacia e ao IML por conta própria. Atualmente, ela move uma ação judicial contra o casal. Ela afirma que, depois das agressões que sofreu no ambiente de trabalho, desenvolveu ansiedade e pediu demissão para tratar da saúde mental.

“Fiquei muito nervosa e me senti humilhada. Nunca tinha passado por isso. Para mim foi uma humilhação. No início, eu me culpei. Hoje, estou bem, mas não trabalho mais lá. A gente fica com receito, porque, infelizmente, existem pessoas assim”, lamentou a ex-funcionária.A enfermeira Maria Gomes também sofreu efeitos psicológicos depois da agressão de Cristianny e Bruno, na última segunda-feira (21/3). Após o ocorrido, a enfermeira afirmou estar “em pânico”. As agressões aconteceram na UBS 5, em Taguatinga. Tudo começou quando Bruno pediu para que ela receitasse o medicamento Clonazepam, conhecido pelo nome comercial de Rivotril.

Como a profissional não poderia receitar o remédio, o homem ficou agressivo e chamou a esposa para “quebrar a cara” da profissional.

“Acordei às 3h da madrugada tremendo e com minhas mãos geladas. Tive de passar por atendimento médico e tomar medicação. Tenho medo de que eles voltem e façam coisas piores comigo”, confessou Maria no dia seguinte às agressões. O caso é investigado pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga).

A reportagem ligou para o telefone pessoal de Cristianny, para que ela e o marido tivessem a oportunidade de comentar as acusações. Além disso, uma mensagem foi deixada pelo aplicativo WhatsApp. No entanto, até a última atualização dessa matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto, caso o casal queria apresentar outra versão sobre os dois casos.


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