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Polícia Civil investiga envolvimento de artistas 'famosos' em esquema de pirâmide financeira que aplicou R$ 300 milhões em golpes

 



A Polícia Civil confirmou que investiga a participação de artistas, celebridades e jornalista famosos em um esquema baseado em crimes de estelionato praticados através de pirâmide financeira na região de Campinas (SP) que resultaram em R$ 300 milhões em golpes. Nesta quarta-feira (16), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis cidades do estado de São Paulo como parte da investigação.
 O investigador-chefe da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG), Marcelo Hayashi, disse que, após identificarem o envolvimento de famosos com ações de marketing, as investigações agora buscam saber se eles também foram enganados ou faziam parte do esquema fraudulento. 

"Nós acreditamos que eles são contratados para divulgar, mas, ao mesmo tempo, a gente está vendo se existe alguma ligação deles para aplicar os golpes. É isso que a investigação hoje está com essa colheita de documentos, e a gente vai analisar com cuidados para ver até que ponto eles são parceiros ou não", disse.



Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em Indaiatuba (SP), Itu (SP), Jundiaí (SP), São Paulo (SP), Diadema (SP) e Santos (SP) contra uma empresa que teria sido criada com o intuito de aplicar os golpes. Ninguém foi preso.

As investigações começaram em meados de 2021, depois de uma vítima de Indaiatuba registrar um boletim de ocorrência, e os mandados desta quarta foram cumpridos em endereços ligados a suspeitos já identificados.

"Nossa prioridade hoje foi juntar mais provas, mais documentos para fortalecer a investigação", completou Hayashi.

Durante a operação, chamada de "Queóps", foram apreendidos documentos, celulares, computadores, notebooks, cartões de memória e pen drives, que devem passar por perícia.

As investigações apontam que a empresa investigada, chamada inicialmente de Agro S/A, adquiriu um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de maneira fraudulenta ao falsificar documentos de outras empresas para obter um registro mais antigo e, assim, transparecer maior credibilidade.

Profissionais como contadores, advogados e marqueteiros, entre outros são suspeitos de participar do esquema e também estão sendo investigados.

De acordo com a instituição, a empresa dizia que atuava em negociação de commodities agrícolas e tentava incentivar investidores a recrutarem outros investidores, sendo esse um requisito obrigatório para obter lucros. No entanto, segundo as investigações, todo o lucro da empresa vinha através de novos aportes.

Dessa maneira, a Polícia Civil estima que o esquema tenha conseguido atingir R$ 300 milhões com todos os golpes. A instituição não informou desde quando esses golpes estavam sendo aplicados.

Ainda conforme as apurações, após algumas vítimas perceberem que estavam sendo enganadas e fazerem denúncias, a empresa passou a se chamar Pacific Bank, Quivra, Tamino.


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