Com base na decisão, o oficial deve permanecer num raio de 500m de sua residência, no período de 22h às 6h, e não poderá se aproximar, no mesmo raio, do Motel Fiesta Brasília, em Taguatinga, e da distribuidora de bebidas localizada no Posto Shell, na Sandu Norte.
O caso ocorreu na manhã de sábado (9/4), em um motel de Taguatinga Norte. Uma funcionária do estabelecimento acionou a PM para uma ocorrência de disparo de fogo. Segundo as investigações, a vítima voltava para a casa na companhia de um amigo, logo após sair de um curso de mecânica no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em depoimento, ele contou que o PM passou de carro na via e o ofereceu uma carona. Dentro do veículo, segundo o relato do rapaz, o policial começou a passar as mãos nos órgãos genitais dele e a fazer sexo oral, sem o consentimento. Nesse momento, o jovem relatou que o PM apontava a arma para a cabeça dele.
Em conversas trocadas com um amigo pelo WhatsApp, o colega pergunta: “Já chegou em casa?”. O jovem responde: “Ainda não. Chama a polícia. Ele está mostrando a arma para mim e me ameaçando, estou com medo”, escreveu. No trajeto, Edilson ainda passou em casa, também em Taguatinga, pegou R$ 100, pedindo para que ele usasse o dinheiro para comprar drogas.O coronel, então, dirigiu até um ponto de venda de drogas e pediu para que o estudante comprasse cocaína e lança-perfume. Na delegacia, Edilson assumiu ter usado apenas o lança. “O jovem confessou ter usado cocaína e, depois disso, parou de enviar mensagens ao amigo”, acrescentou o delegado. Em depoimento, a vítima contou que o PM dirigiu em alta velocidade na via, de forma perigosa, até chegar no Motel Fiesta.
Ao chegarem ao local, Edilson estacionou o carro e deixou a arma dentro do veículo. Os dois subiram até a suíte e, segundo as investigações, se desentenderam, momento em que o PM desceu e buscou o armamento, o que preocupou o rapaz. Quando voltou, o estudante aproveitou o descuido do militar, pegou a arma, a chave do carro do coronel, o trancou no quarto e fugiu.
Enquanto aguardava ser atendido pela recepcionista do motel, o jovem efetuou quatro disparos para o alto. A funcionária do motel acionou a PM. Ao chegarem no local, os policiais foram até a suíte. Edilson se apresentou como coronel e disse que não tinha interesse em ser conduzido à delegacia, pois era casado. Os dois foram levados à 12ª DP. O jovem foi atuado por porte ilegal de arma, disparo e dano, e também foi liberado em audiência, mediante uso de tornozeleira.
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