Edilson é investigado por estuprar o rapaz. O jovem também acabou detido por
pegar a arma do militar e fazer vários disparos dentro do quarto do estabelecimento.
A reportagem teve acesso a um documento feito pela Polícia Militar e encaminhado
à Polícia Civil, que mostra que o coronel não chegou a ser encaminhado ao Núcleo de Custódia. De acordo com a corporação, Edilson passou primeiro pelo Instituto Médico
Legal (IML), onde alegou estar passando mal.
De acordo com o relatório médico, o policial se queixou de uma lesão no nariz,
decorrente da confusão no motel. Em seguida, ele foi encaminhado à unidade de
saúde, onde permanece sob escolta policial.
O pedido de internação do coronel diz que ele é "dependente de múltiplas drogas" e que
o episódio da briga no motel evoluiu para um "surto psicótico". O documento descreve
ainda que o militar alegou "ouvir vozes, se sentir ansioso, sentir medo e ideação suicida"
, além de ter depressão e esquizofrenia.
Por volta das 6h, uma funcionária do motel ouviu tiros e ligou para a polícia.
Os militares que participaram da ocorrência informaram que, quando chegaram
ao local, encontraram o jovem armado e pediram para que ele entregasse o item,
que já estava descarregado.
De acordo com a ocorrência registrada no centro de operações da Polícia Militar,
o jovem e o coronel consumiram drogas e se desentenderam depois de
terem relações sexuais. Por outro lado, a Polícia Civil autuou o policial por estupro.
Os militares disseram ainda que ninguém se machucou com os tiros e que o jovem
foi algemado e levado para a 12ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga Centro.
Ele foi autuado por disparo de arma de fogo e dano qualificado.
No entanto, a mãe do jovem, que pediu para não ser identificada, disse que os
tiros foram uma reação em legítima defesa. De acordo com a mulher, o filho foi
coagido e ameaçado.
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