O MPDFT defende que há interesse público na continuidade das investigações. A causa da morte do bebê foi pneumonia por vírus sincicial respiratório (VSR), uma doença altamente contagiosa. Segundo as investigações, na manhã anterior à morte do bebê, os pais tiveram atendimento negado, e também foram vítima de negligência na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Samambaia, onde a paciente recebeu alta apenas com um antitérmico infantil.
O bebê foi atendido no HRT após convulsionar e ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na noite de 10 de maio de 2021. A Pró-vida acrescentou um pedido à polícia, que esclareça com a Secretaria de Saúde (SES) os protocolos para prevenção e atendimento emergencial pediátrico no HRT e nas unidades básicas de saúde para os casos de pneumonia viral, bacteriana ou fúngica, especialmente os casos de VSR.
Questionada pela reportagem, a Secretária de Saúde disse que, “caso seja notificada pelo Ministério Público, prestará todas as informações solicitadas dentro do prazo estabelecido pelo órgão de controle”.
O VSR causa infecção aguda, principalmente em crianças de até cinco anos de idade, e é altamente contagioso. Ele se prolifera em ambientes pouco ventilados e com aglomeração humana.No momento, ainda não há vacina contra o VSR e em crianças de até dois anos de idade (como o caso do bebê que morreu), o índice de complicações graves é alto. No entanto, é possível prevenir e tratar a infecção com medicamentos adequados, de distribuição gratuita pelo SUS, uma imunoglobulina, única forma disponível para a prevenção de quadros graves.
Na avaliação do MPDFT, a investigação é importante não apenas para punir eventuais condutas criminosas, mas também para prevenir casos semelhantes.
Com informações do MPDFT
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