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“Querido por todos”, diz tio de Lucas Guilherme, estudante morto no DF

 



Com camisas brancas, escrito “Quando o amor é forte, nenhum adeus é eterno”, amigos e familiares do adolescente morto em um baile funk em 
Ceilândia se reuniram no início da tarde desta terça-feira (18/3), no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, para se despedir do estudante. Lucas Guilherme foi esfaqueado aos 15 anos, dentro da festa, na noite de sábado (16/4), e não resistiu aos ferimentos.Segurando rosas nas mãos, familiares do rapaz estavam bastante abalados durante todo o velório e relembravam os momentos que tiveram com Lucas. “Ele era um menino muito bom, meigo. Uma criança super doce, disposta a ajudar qualquer pessoa”, disse a tia Aline Aragão, 43, com a voz embargada.

Bando roubou estudante de 15 anos após jovem ser morto em baile funk

Tio de Lucas Guilherme, Pedro Henrique Siqueira, 21 anos, pede justiça pela morte brutal do rapaz. “Vi ele crescer. Saía muito comigo. Sempre foi um menino querido por todo mundo, bastante prestativo”, conta. “O que a gente mais quer é justiça. Ele morreu na covardia. Saiu apenas para curtir, não tinha nada a ver com nada”, lamenta o familiar.Após ser esfaqueado, Lucas teve diversos pertences roubados pelos criminosos. Segundo conta o tio, Lucas foi encontrado apenas de shorts. “Levaram a camiseta, boné, relógio, corrente, tênis, tudo”, contou. Pedro diz que, primeiro, os assaltantes levaram a corrente e o boné. O restante dos pertences foi saqueado após que o garoto ser morto.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã dessa segunda-feira (18/4), um dos suspeitos de matar o estudante. O homem já era investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) e compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o latrocínio (roubo com morte) e acabou detido por receptação, uma vez que os policiais descobriram que ele estava com um celular furtado. Os investigadores ainda buscam identificar outras pessoas que participaram do crime.

A festa aconteceu em uma chácara no Incra 9. O evento foi organizado por jovens, que anunciaram o baile nas redes sociais. Segundo Pedro, Lucas estava no local com quatro amigos quando foi assaltado.

“Ele foi avisar um amigo que tinha sido assaltado, ele disse ‘foi aquele menino ali’, e apontou. Quando ele apontou, o cara já foi correndo e derrubou ele e começou a chutar. Eles conseguiram levantar e tentaram correr, mas alguém derrubou e mais de 12 começaram a espancar ele. Depois disso, um segurou e outros deram a facada”, narrou o tio, que ficou sabendo do que houve por meio de amigos de Lucas que estavam na festa.

A família soube da morte do adolescente por meio de um vídeo que mostra o menor agonizando, no chão do baile. Depois disso, Pedro foi ao local do crime, onde reconheceu o tio mais novo. Ele conta que a família toda está reunida, já que todos vieram para passar o Domingo de Páscoa juntos, que passou sem nenhuma celebração.


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